A classificação biológica diz
respeito à distinção e à descrição de espécies viventes e fósseis e à
organização dessas espécies em uma classificação hieráriquica com vários
níveis. São usados principalmente dois métodos para classificar as espécies em
grupos: os métodos fenéticos (ou fenotípicos) e os métodos filogenéticos
(RIDLEY, 2006, p. 497). A classificação fenética agrupa as espécies em seus
caracteres fenotípicos observáveis (op.cit.).
A classificação filogenética
pretente traduzir a posição de cada organismo em relação aos seus antepassados,
bom como as relações genéticas entre os diferentes organismos atuais
(WIKIPEDIA, 2013).
Enquanto no primeiro sistema
nada é preciso saber sobre evolução, o segundo é evolutivo; só entidades que
têm relações evolutivas podem ser classificadas filogeneticamente (RIDLEY,
2006, p. 498).
O princípio filogenético
classifica as espécies de acordo com a recentidade com que elas compartilham um
ancestral comum. Duas espécies que têm
um ancestral comum mais recente serão agrupadas em um mesmo grupo, de
grau mais baixo do que o de duas espécies que têm um ancestral comum mais
distante (RIDLEY, 2006, p. 498). Quanto mais distante for o ancestral comum a
duas espécies, o “ponto de encontro” na árvore filogenética, denominado por
Dawkins (2009), de “concestral”, maior será a distância entre as classificações
de seus respectivos agrupamentos (RIDLEY, 2006, p. 498).
No sistema de classificações
filogenéticas todos os táxons devem corresponder a grupos monofiléticos, ou
seja, os taxa contenha um ancestral e todos os descendentes desse ancestral e
nenhum outro organismo. Isso confere um significado muito particular a essas
classificações. Quando os táxons são monofiléticos, eles correspondem a
entidades históricas que são descobertas, e não inventadas. A partir daí o
sistemata tem a tarefa de obter cladogramas e se cria um sistema de nomes que
reflita a filogenia em todos os níveis (WIKIPEDIA, 2013)
Nosso sistema de classificação segue os métodos
estabelecidos por naturalistas dos séculos XVII e XVIII, especialmente os do
sueco Carl von Linné. O sistema lineano expressa a Nomenclatura Binomial na
designação das espécies e as organiza em categorias hierárquicas (táxons) para
sua classificação (PERAZZO, 2012). A atual classificação começa, em ordem de
abrangência do maior para o menor por
Reino
Filo (Divisão para plantas)
Classe
Ordem
Na zoologia, a
classificação, a partir daí, segue a seguinte convenção:
Taxon
|
Terminação
|
Família
|
IDAE
|
Subfamília
|
INAE
|
Superfamília
|
OIDEA
|
Tribo
|
INI
|
Subtribo
|
INA
|
Culminando com a classificação
binomial, com um nome de Gênero, no qual a espécie está classificada, seguido
termo, próprio da espécie, sempre em latim. Em casos de subgêneros ou
subespécies, adota-se a nomenclatura trinominal (PERAZZO, 2012).
Para representar-se as relações
filogenéticas, é comum usar-se árvores filogenéticas, que são diagramas
representando a ancestralidade e as relações entre os táxons (RIDLEY, 2006, p.
504).
Tais árvores podem ser enraizadas ou
desenraizadas. No caso de ser enraizada, sabemos onde está o ancestral; árvores
desenraizadas, ao contrário, não têm direção definida (DAWKINS, 2009, p. 159).
Quanto ao formato das árvores há dois,
o cladograma, que informam somente a ordem das ramificações, e os filogramas ou
árvores filogenéticas, onde o comprimento dos ramos representa a distância
evolutiva; quanto mais longo o ramo, mais mudança em relação ao ancestral
(DAWKINS, 2009, p. 167).
Usam-se, ainda, números ao lado dos
galhos da árvore filogenética a fim de representar a probabilidade estatística
da veracidade de sua informação (DAWKINS, 2009, p. 169).
Abaixo, exemplos das árvores citadas,
baseados em Dawkins, 2009:
Cladograma desenraizado sobre hipótese dos parentescos entre gêneros de
gibões:
Cladograma enraizado sobre hipótese dos parentescos
entre gêneros de gibões, definindo o ponto mais antigo:
Filograma enraizado mostrando relações
filogenéticas entre espécies de gibões, chimpanzé, bonombo e seres humanos; o
comprimento dos galhos determina a distância de parentesco:
Mesmo filograma anterior, com acréscimo do grau
percentual de certeza das relações descritas:
Obras consultadas:
DAWKINS, Richard. A grande
história da evolução. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
PERAZZO, Giselle. Regras de nomenclatura zoológica.
Uruguaiana: Unipampa, 2013.
RIDLEY, Mark. Evolução. Porto
Alegre: Artmed, 2006.
Wikipedia, a Enciclopédia
Eletrônica. Disponível em <http://pt.wikipedia.org>. Acesso em
15/02/2013.
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